quarta-feira, setembro 29, 2010

27/09/2010

Algo além da tristeza

Fugir das pessoas, passar longe delas, tenho medo das pessoas. Deve ter algo de interessante nas pessoas que ainda me mantém no mesmo ambiente de todos. Será que um dia encontrarei alguém assim, que me entenda?

Porque tudo isso aqui é complexo demais. Que Deus tenha piedade de nós, pessoas. Eu tenho que parar de ampliar coisas. Talvez seja bom também parar de tentar ver outro lado das coisas de pessoas.

O que é a inocência? O que é o perdão? O que é a hipocrisia? Vivo atormentada por questões. Essa correria está dando um nó em minha mente. Não há tempo nem para pensar.

Encontrar um jeito, uma solução é a meta. Sempre me colocando entre "Deus e o século". Minha escolha é óbvia. Mas ainda não alcancei a radicalidade necessária, porque o século está ao meu redor, o século é o tempo, é a minha geração.

Se ao menos as pessoas escolhessem o certo, tudo seria mais fácil. Mas as pessoas gostam do oposto, do excêntrico, da curiosidade, da tentação, da luxúria, da superioridade. Eu gosto.

Está sendo tão difícil... Me tornei uma pessoa séria e fria. Algo além da tristeza. A tristeza, a depressão, são momentos, temporadas. Há algo na tristeza que você sabe que é ruim, e uma hora tudo muda. O que eu sinto é algo que acompanha e que não tem opções de bom ou mal. É algo como o sentimento de pena generalizado.

Como estar com Deus e ser assim? Uma enorme contradição. É como se o mundo gritasse que só ele traz felicidade. E, eu, sou contaminada com isso, mesmo sabendo que é falso.

quinta-feira, setembro 23, 2010

23/09/2010

Narração do episódio

E aconteceu novamente.
Aquele idiota envergonhou aquela menina novamente.
O idiota tinha público, senão ele não seria um idiota, apenas um burro ou perdido.
O público era um outro idiota, que superando-se, conseguiu ser mais idiota que O idiota...
Esse outro idiota jogou na cara da menina que ele não deveria defendê-la.
A menina não precisava de uma defesa.
A menina só queria que esse não fosse um idiota.

quarta-feira, setembro 08, 2010

08/09/2010


Tudo incomoda no momento.

Aquela louça acumulada na pia. A carência. O que minha mãe não consegue ver. O que eu consigo ver.

O gato na escada. Não há gato na escada.

Aquela vontade de agarrá-lo. A estranheza. Aquela foto.

A exclusão do "para sempre". Não há "para sempre".

Aquela. Aquela. É essa. É agora.

Tudo incomoda no agora.